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Revista eletrônica de investigações filosófica, científica e tecnológica

ISSN 2358-7482

 

Julho/2020, Ano VI, Volume VI, Número XIX

 

Disciplina e Biopoder: o poder sobre o corpo-individual e a população

         

         Publicado Julho/2020

 

 

Paulo Roberto Krüger

Professor do Instituto Federal do Paraná

 

José Eduardo Pimentel Filho

Professor do Instituto Federal do Paraná

 

Resumo

O presente artigo faz uma breve revisão bibliográfica sobre as noções de poder disciplinar e biopoder, apresentando o poder como algo construído historicamente e não simplesmente natural em uma sociedade. O poder, na concepção foucaultina, não é visto como algo proveniente da esfera estatal e que atinge uma sociedade passiva, mas ao contrário, ele parte de uma sociedade ativa e chega no Estado, sendo que o poder opera nas relações. O poder disciplinar é apresentado como um regulador do corpo individualizado, com a intenção de controlá-lo e adestrá-lo. Por sua vez o biopoder age no coletivo, buscando atingir a população como um todo, também com uma intenção de regulá-la. Ou seja, para Foucault, o poder disciplinar e o biopoder são complementares.

Palavras chave: Foucault; Poder; Regulação; Adestramento.

 

Resumo

Ĉi tiu artikolo faras mallongan bibliografian recenzon pri la nocioj de disciplina potenco kaj biopovo, prezentante potencon kiel ion historie konstruitan kaj ne nur naturan en socio. Potenco, laŭ la koncepto de Foucault, ne estas vidata kiel io, kiu devenas de la ŝtata sfero kaj atingas pasivan socion, sed male, ĝi komenciĝas de aktiva socio kaj alvenas en la Ŝtaton, kun potenco funkcianta en la rilatoj. Disciplina potenco estas prezentita kiel reguliganto de la individuigita korpo, kun la intenco regi kaj trejni ĝin. Siavice biopotenco agas en la kolektivo, celante atingi la loĝantaron entute, ankaŭ kun la intenco reguligi ĝin. Alivorte, por Foucault, disciplina potenco kaj biopovo estas komplementaj.

Ŝlosilvortoj: Foucault; Potenco; Regularo; Trejnado.

 

Abstract

This article makes a brief bibliographic review about the notions of disciplinary power and biopower, showing the power as something historically builded, not just as something natural in a society. The power, in the foucaultian conception, is not seen as something derived from the state sphere over a passive society, but instead, it rises from an active society and arrives in the State, where power operates in the relations. The disciplinary power is presented as a regulator of the individualized body, seeking to control it and to dressage it. Biopower already acts in the collective, seeking to reach the population as a whole, also with as intention to regulate it. Indeed, to Foucault, disciplinary power and biopower they are complementary.

Key-words: Foucault; Power, Regulation; Dressage.

 

Biografia do autor

Paulo Roberto Krüger

Licenciado em História pela Universidade Paranaense – UNIPAR – Campus Cascavel, e mestrado em História pela Universidade do Oeste do Paraná – UNIOESTE, Campus Marechal Cândido Rondon-PR, área de concentração História, Poder e Práticas Sociais, linha de pesquisa Práticas Culturais e Identidades. É docente EBTT do Instituto Federal do Paraná – IFPR – Campus Ivaiporã.

 

José Eduardo Pimentel Filho

Bacharelado e Licenciatura em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ; mestrado em Filosofia pela UFRJ e doutorado em Filosofia pela UFRJ e pela École de Hautes Études en Sciences Sociales - EHESS. Área de pesquisa majoritariamente em filosofia contemporânea francesa. É docente EBTT do Instituto Federal do Paraná – IFPR – Campus Ivaiporã.

 

Referências

 

FOUCAULT, Michel. Direito de morte e poder sobre a vida. In: História da sexualidade: a vontade de saber. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2011.

 

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______. Vigiar e punir: nascimento da prisão. 38º ed. Petrópolis: Vozes, 2010.

 

MACHADO, Roberto. Introdução: Por uma genealogia do poder. In: Microfísica do poder. 26ª ed. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2008.

 

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